LGPD: Como fazer gerenciamento das requisições dos clientes no site?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem trazido para as empresas diversas atualizações. Algumas delas, ainda precisam mudar a forma como tratam os dados de seus clientes junto aos seus dados internos. Devido a isso, é percebido que o gerenciamento das requisições dos clientes é de fundamental importância para que o fluxo de processos da empresa se mantenha organizado.

Inclusive, este gerenciamento auxilia na identificação de titulares e também a entender quais são as suas solicitações e, consequentemente, os seus direitos. Isso porque o LGPD é uma ferramenta que garante que cada pessoa tenha o direito de saber quais são os dados pessoais que a organização possui ao solicitar uma Requisição de Acesso aos Dados do Titular (DSAR, na sigla em inglês).

A seguir, você verá as principais informações sobre como manusear de forma inteligente, prática e eficiente o gerenciamento das requisições dos clientes no site e aprenda como realizar uma sem dificuldades. Confira!

Entenda sobre a requisição de acesso aos dados do titular

De acordo com o artigo 18 da LGPD, a pessoa que é titular dos dados pessoais passados na empresa possui o direito de obter do controlador, no caso a empresa, através de requisições, a relação de dados emitidos em seu nome.

O documento para esta requisição é o DSAR, que permite ao indivíduo ter total ciência sobre os dados que você coletou dele, valendo tanto para cadastros realizados de forma física, quanto para cadastros digitais feitos através de sites.

Quem pode pedir um DSAR?

A solicitação de uma Requisição de Acesso aos Dados do Titular pode ser realizada por qualquer pessoa que tenha seus dados coletados, podendo ser um cliente e até mesmo, um funcionário ou alguma empresa contratada. Visto que, uma vez tendo seus dados em seu sistema, os titulares possuem o direito de realizar uma solicitação.

Agora, caso essa solicitação seja excessiva ou com má fundamentação, a empresa também tem o direito de negá-la. Entretanto, é necessária uma análise precisa, cheia de detalhes e confiança no momento de explicar a negativa de apresentação para as autoridades.

Quanto tempo a empresa tem para responder às solicitações?

Segundo o artigo 19 da LGDP, a empresa tem até 15 dias para retornar as informações aos solicitantes. Contudo, elas podem também responder de forma imediata, quando se tratam de solicitações de formato simplificado.

Como fazer o gerenciamento das requisições dos clientes no site e garantir que você cumpra com as DSARs

Com a LGPD em alta e já de conhecimento de todos, está cada vez mais comum a solicitação das DSARs. Por isso, é fundamental que a sua empresa se adeque à nova realidade e saiba como fazer o gerenciamento das requisições dos clientes no site de forma rápida e eficiente.

Para isso, separamos a seguir algumas dicas importantes para que você consiga cumprir com as solicitações. Veja só!

Deixe um responsável para o gerenciamento das requisições dos clientes

Todo processo dentro de uma empresa precisa de uma pessoa que seja responsável. Por mais que tenham outras trabalhando junto no mesmo serviço, é preciso definir um único responsável. Assim, esta metodologia também se aplica para o gerenciamento das requisições dos clientes. Neste caso, você deve escolher um data protection officer (DPO).

Essa pessoa terá a função de servir como um “ponto de contato” entre a empresa e os titulares dos dados. Além disso, o DPO também terá a responsabilidade de supervisionar as estratégias para a proteção destas informações perante a LGPD.

Realize o desenvolvimento sobre as diretrizes do manuseio de dados

Agora que você já possui um responsável pelo gerenciamento das requisições dos clientes no site, você precisará especificar quem terá acesso a determinado tipo de dado. Além disso, também será preciso determinar onde cada um desses dados deverão ser armazenados e por quanto tempo.

Você também irá definir quais dos documentos devem ser impressos, onde ficarão armazenados e, inclusive, quais deles precisam de uma cópia digital.

Aproveite esta etapa para definir qual será a metodologia utilizada para realizar a exclusão de dados para o momento em que não se precisar mais das informações.

Identifique a base legal para o processamento de dados pessoais

Após identificar quais são os dados existentes em seu sistema, chegou a hora de documentar a sua base legal para poder processá-los.

Esta ação não é feita somente para que a empresa justifique o armazenamento das informações. Para isso, é preciso que o seu negócio tenha uma razão legítima para poder armazenar estas informações. Uma vez que, apenas ter o consentimento sobre os dados pessoais de seus clientes não é considerada uma razão legítima para justificar o seu armazenamento.

Personalize o seu sistema e automatize ferramentas para o gerenciamento das requisições dos clientes

Uma outra dica fundamental para se fazer um melhor gerenciamento das requisições dos clientes, é automatizar a descoberta e a classificação desses dados. Afinal, é preciso que o acesso às informações reguladas sejam de fácil conhecimento para os membros da empresa e também de fácil acessibilidade. Portanto, essa automatização é a melhor forma para ter esse resultado.

Assim, ter o conhecimento sobre os dados sensíveis que o seu sistema armazena, trabalhar o sistema de segurança e refinar essas políticas de coleta de dados fica muito mais simples. Outro ponto que podemos citar também, será a possível realização de aprimoramentos de processos de gestão, otimizar o armazenamento e também fazer com que os seus usuários tenham muito mais produtividade contribuindo, ainda, com a melhoria da tomada de decisão.

Faça as avaliações de risco constantemente

Por fim, a realização de avaliações de risco devem ter uma certa periodicidade. Afinal, esta é uma das melhores ferramentas na prática de segurança que são capazes de fortalecer as defesas do seu negócio, garantindo assim, que sua empresa fique longe de problemas cibernéticos.

Portanto, ao realizar o gerenciamento de risco, são permitidas rápidas adaptações sobre as alterações de regulações e também de ameaças cibernéticas. Além de manter a segurança de seus dados críticos muito mais fortes, minimizando possíveis ataques.
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